Museu Histórico Nacional - É Museu, É História, É Nacional... ~ Gaby pelo Mundo

O Rio de Janeiro e principalmente o centro do Rio é uma caixinha de surpresas. Cada canto, cada calçada, cada fachada, cada igreja ajuda a contar um pouco mais a história da Cidade Maravilhosa, cabe a nós cariocas, brasileiros ou “gringos” estarmos abertos a entender e conhecer um pouca mais dessa Cidade que já foi capital do Brasil e palco de acontecimentos históricos importantíssimos como a chegada da Família Real no Brasil, o dia do Fico dentre outros eventos.

Eu já escrevi sobre alguns lugares culturais do Rio (leiaaqui os outros posts), mas hoje em especial eu falo de um Museu, um museu que eu nunca tinha entrado (pasmem) e que orgulhosamente apresento as minhas impressões. Então, vem comigo conhecer o Museu Histórico Nacional.

Localização

Vamos dizer que o Museu não é um dos mais fáceis de se achar. Ele está localizado praticamente atrás da Santa Casa de Misericórdia, próximo à Praça Quinze e próximo da Santa Luzia...Tô dizendo que não é tão fácil, mas não é nada impossível. Nada que um bom mapa da Cidade não te ajude.

Só fica ligado se for visitar o Museu no fim de semana. O Centro do Rio de Janeiro não é o lugar mais movimentado do mundo aos sábados, domingos e feriados, então atenção redobrada, como a gente costuma dizer aqui: “Fica na atividade...”

História

Criado em 1922, é um dos mais importantes museus do Brasil, reunindo um acervo de mais de 348.515 itens, entre os quais a maior coleção de numismática da América Latina. Tá, eu sei que você vai jogar numismática no Google, então vou te ajudar...Numismática é a ciência que tem por objetivo o estudo das moedas e das medalhas.

O conjunto arquitetônico que abriga o Museu desenvolveu-se a partir do Forte de Santiago, na Ponta do Calabouço, um dos pontos estratégicos para a defesa da cidade do Rio de Janeiro. Isso que eu chamo de aproveitamento do espaço...Transformar Fortaleza em Museu foi uma ideia de gênio J

A Infraestrutura do Museu

O Museu é enorme e bem sinalizado com traduções em inglês nas placas. Tudo para que o nosso querido visitante internacional, vulgo gringo, não se sinta perdido.

Para aqueles que possuem necessidades especiais de locomoção, o prédio possui elevador e escadas rolantes. Para os deficientes visuais existem algumas exposições com informações em braile, como é o caso do Pátio dos Canhões. E para os deficientes auditivos o museu disponibiliza um guia multimídia com linguagem em libras (Linguagem Brasileira de Sinais). São 40 equipamentos de áudio e dois especiais, com tela de TV para os deficientes auditivos.

Um item de extrema importância para os viajantes inveterados e mochileiros que não gostam de gastar dinheiro à toa...Um bebedouro. Tá, eu sei que você riu...Vamos combinar, um bebedouro é como um Oásis no deserto e você já viu Oásis pago? Então porque eu tenho que pagar a água??? Rsrs.

E pra quem gosta de uma boa comida, o Museu Histórico Nacional abriga o Bistrô The Line, com uma decoração feita literalmente sobre os trilhos (você vai entender o porquê se for lá) e com um cardápio acessível para os bolsos mais sovinos...rsrs.

Conseguiu entender o "sobre trilhos"?

Bistrô The Line - Área externa

O Acervo

O acervo permanente do museu é incrível e simplesmente dá uma aula de história do Brasil para aqueles que o visitam. Utilizando uma ordem cronológica o Museu consegue nos informar sem ser maçante. Já fui em museus que me deu sono (quem nunca?), mas esse eu curti e muito. As informações sobre as obras não são extensas e focam no que realmente importa.

Vou colocar aqui pra vocês as principais exposições para entenderem um pouco dessa ordem cronológica que eu falei...

Oreretama

A palavra Oreretama significa “a nossa morada” em tupi. A exposição é destinada à apresentação da populações indígenas, suas culturas e seus mitos.

Imperdível: Réplica de uma parede de caverna com desenhos rupestres do Parque Nacional da Serra da Capivara no Piauí.

Portugueses no Mundo (1415-1822)

Apresenta desde a expansão marítima portuguesa, suas causas e consequências, sobretudo a colonização do Brasil, até a proclamação da Independência por D. Pedro I.

Imperdível: Multimídia com as rotas das navegações portuguesas e a "Carta de Caminha", narrada por Paulo Autran.

A Construção da Nação (1822-1889)

Mostra o processo de construção da Nação e seus desafios.

Imperdível: Quadro do Combate Naval do Riachuelo onde você tem uma ilusão de ótica e o quadro parece que te acompanha enquanto você caminha. Quadro O Último Baile da Ilha Fiscal - Quadro cheio de símbolos e significados sobre a transição da Monarquia para a República.

A Cidadania em Construção (1889 à atualidade)

Aborda a construção da cidadania após a instauração do sistema republicano em 1889.

Imperdível: Quadro de Clécio Penedo sobre a síntese da História do Brasil. Tente interpretar cada parte do quadro, vale a pena o exercício.

Farmácia Homeopata Teixeira Novaes

Reconstituição da tradicional farmácia que funcionou de 1847 a 1983 na Rua Gonçalves Dias, no centro do Rio de Janeiro.

Do Móvel ao Automóvel: Transitando pela História

Reúne 27 peças, entre cadeirinhas de arruar, berlindas, traquitanas e um automóvel do início do século XX.

As Moedas Contam a História

A evolução do moeda no mundo, do século VII A.C ao XX, abrangendo praticamente todas as regiões habitadas do planeta. Fornece um panorama da história política, econômica e social.

Coleção de Moedas – Uma Outra História

Recriação de um antigo Gabinete de Numismática (Ciência que tem por objetivo o estudo das moedas e das medalhas).

Pátio dos Canhões

Coleção de canhões, que inclui, entre outros, exemplares portugueses, ingleses, franceses e brasileiros.

Informações do Museu:

O Museu Histórico Nacional localiza-se na Praça Marechal Âncora - Próximo à Praça XV no Centro do Rio de Janeiro – RJ.

Ingressos

O valor do ingresso é R$ 8,00 (oito reais) e aos domingos possui entrada franca. Estão isentos de pagamento (mediante comprovação) os seguintes casos:

Crianças até cinco anos de idade;
Sócios do ICOM - International Council of Museum;
Funcionários do IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) e do IBRAM (Instituto Brasileiro de Museus);
Alunos e professores das escolas públicas federais, estaduais e municipais;
Brasileiros maiores de 65 anos;
Guias de turismo;
Estudantes de museologia.